Capitulo um: Os olhos dourados
Meu nome é Samanta, tenho quinze anos e moro numa pequena cidade chamada Rosa Vermelha, com meu pai. Vivia numa vida chata, pacata e normal, onde correr perigo era proibido e reclamar era pecado. Mas essa situação começou a mudar... Lá estava eu na minha formatura, arrumada, discurso na ponta da língua e com o sorriso estampado no rosto, como meu pai sempre sonhou ser a filhinha de papai do ano. Mas eu achava tudo aquilo um tédio, só fazia isso pelo meu pai, que tinha sofrido muito pela morte da minha mãe e porque ele não teve a chance de terminar seus estudos, então já havia planejado o meu. Enfim chamaram meu nome, e eu fui com aquele imenso sorriso forçado no rosto, falei meu discurso chato de como ser a preferida da classe. Mas no meio do discurso algo me chamou a atenção, um bando de meninos me imitando , fiquei com muito ódio disso, principalmente do que tinha olhos dourados, que ficava imitando e rindo de mim. Eles não tinham culpa, eles devem ter pensado que eu era uma patricinha filha de papai eu própria riria de mim. Finalmente aquele discurso chato acabou e eu poderia falar com aquele menino, explicar que aquela não era a verdadeira eu e que só fazia aquilo pelo meu pai. Mesmo sem conhecer-lo, queria explicar que aquela não era eu, e que ele foi um idiota de ter feito aquilo. Estava tentando achá-lo em e meio a multidão, quando meu pai chega de repente me abraça me elogiando pelo ótimo discurso, e isso levou horas e quando finalmente ele terminou a multidão já tinha ido embora. Voltei para casa com aquilo martelando na minha cabeça, isso me perturbava tanto, só de pensar na idéia de terem me achado uma idiota me dava nervoso. Passei a noite inteira em claro por causa disso. Amanheceu e não saía a idéia de que precisava exclacer tudo para eles, principalmente para aquele dos olhos dourados. Fiquei desligada a manhã inteira, sem vontade nem de levantar, podiam me chamar, cair á casa que eu não levantava dali. Meu pai queria até chamar um médico para ver se eu estava doente. A tarde chegou e caiu uma tempestade, fiquei sentada na janela pensando comigo mesma, horas e horas fiquei lá sentada. Eu queria entender por que aquilo me afetava tanto, por que a opinião de alguém estava me deixando louca?!
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