Capitulo três: Foras e furos
Tinha que voltar para casa, pois já era muito tarde e eu já estava imaginando a bronca que iria levar do meu pai. Cheguei em casa, e meu pai já estava ligando a polícia para me encontrar. E como eu imaginei ouvi a maior bronca da minha vida. Pelo menos ele não me colocou de castigo, mas se eu ficasse de castigo seria o caos, eu não poderia sair em busca dos olhos dourados, ou melhor, Miguel. Pela manhã, acordei bem cedo para sair em busca dele, novamente sai sem pedir permissão para o meu pai, mas ele teria que entender. Fiz isso a semana inteira e ele não descobriu, mas eu já estava desanimada de tentar achá-lo, parecia que ele sumiu do mapa. Andando por uma um rua, sozinha e cansada, tão distraída que cai em cima de um garoto. Quando abri meus olhos, vi dois lindos olhos dourados olhando para mim. Fiquei paralisada, não conseguia me mover e meu estômago estava revirando dentro de mim, agora sim eu sabia o que era sentir aquele friozinho na barriga. Ficar imóvel, sem fala e com uma cara de idiota, não era nada do que eu planejei e não se parecia nenhum pouco. Ele olha profundamente nos meus olhos e com sarcasmo diz: - Se não é a patricinha, então ganhou o premio de melhor aluna do ano? Fique com muita raiva e isso me encorajou a falar. – Sim, mas ninguém notou você ofuscou o brilho de todos os outros com o seu premio de melhor idiota do ano. - É que eu não consigo parar de ser o centro das atenções. – É fácil, é só você tirar essa fantasia de palhaço. –Parece que você gosta desse palhacinho, porque não consegue me soltar. Daí eu percebi que ainda estava em cima dele. Ele continua: - Não fala mais nada, o papai chegou. Nesse exato momento meu pai passou de carro e me levou. Não deu tempo de falar mais nenhuma palavra. O que me restou a fazer era olhar ele ir embora pelo retrovisor. Hoje foi um dia de foras e furos, e eu sai perdendo, mas quando minha vingança chegaria?
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