sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Confissões de uma adolescente

Capitulo sete: Em direção ao Sol

Ele me carrega em direção ao acampamento, ele quebra o silêncio que estava fazendo algumas perguntas sobre mim. – Como a mocinha se perdeu, hein? - Digamos que a curiosidade matou o gato. E como você me achou? - Acho que eu tenho um radar para encontrar meninas indefesas. – Ah, que bom que você tem esse radar, não sei o que seria de mim sem ele. Já se passava das oito horas, e resolvemos parar para dormir. Ficamos debaixo de uma árvore, que ele disse que nos protegeria um pouco mais do sereno da noite. Mesmo se conhecendo muito pouco, nós dois tínhamos uma afinidade de velhos amigos. Antes de dormir, ele me abraçou, para me manter aquecida. Amanheceu, acordei e não encontrei ninguém ao meu lado. Fiquei com muito medo, por um momento pensei que tudo o que tinha acontecido fosse apenas um sonho e que não existiu nenhum anjo salvador. Convencida que não teria mais ninguém para me resgatar, tentei levantar, consegui dar alguns passos, mas acabei caindo e não conseguia mais me levantar, pois estava fraca. Passando uns deis minutos, comecei a chorar, pensava que morreria ali totalmente sozinha. – Será que sempre eu vou ter que salvar a mocinha? – disse o anjo levantando meu rosto. Naquele momento a felicidade me consumia por inteira, só pelo fato de saber que não foi um sonho e que não estava sozinha, nessa estrada em direção ao Sol. – Ah, eu não quero que me veja assim. – eu escondo o rosto novamente. – Quando você chora, você consegue ficar ainda mais bonita. Ele puxa meu rosto e olha fixamente em meus olhos, se aproxima mais e me beija. Um momento mágico, perfeito. Poderia dizer que precisei cair numa armadilha e torcer o tornozelo para saber o verdadeiro significado da palavra amor.
Capitulo seis: O misterioso anjo

Depois de me arrumar, fui para o campus sozinha, pois o Miguel já havia ido. Estavam todos do acampamento lá, então fui tentar achar meu instrutor. Depois de dez minutos encontro ele. – Pedro! – grito eu. Ele me olha com uma cara de preocupado e responde: - Onde você estava? Já vai começar a prova, Samanta. –Prova? Ninguém me avisou. – Samanta, isso é um acampamento, então sempre vamos ter provas. – Ah, mas é para fazer o que? - Correr, só correr. Então acho melhor você correr para não ficar em ultimo. Dito isso a prova começa. Eu larguei em ultimo , e fiquei bem atrás dos outros competidores. Um pouco cansada, estava caminhando lentamente pela trilha, quando reparei um objeto brilhante , parecia como ouro, então fui caminhando em sua direção, mesmo que as normas do acampamento diziam para nunca sair da trilha, eu sentia que precisava chegar até lá. Quanto estava bem próxima, cai numa armadilha e desmaei com a queda. Fui acordada pro uma linda voz: - Você está bem? Ainda meio tonta abri meus olhos e vi uma das mais belas imagens que eu já vi. Mesmo com a visão meio embaçada, enxerguei um anjo em forma de menino, a luz do sol fazia sem contorno e me deixava hipnotizada. – Você está bem? Me recuperando respondi: - Estou, ou acho que estou, só meu tornozelo que está doendo um pouco. – Você consegue se levantar? - Acho que sim. – tento levantar mas não consigo. – Seu tornozelo deve ter torcido. Eu iria até buscar ajuda, mas não vou me arriscar a deixar você aqui sozinha. – O que vamos fazer? - Você confia em mim? - Sim, por mais estranho que pareça. – Lá vamos nós! – ele me coloca nas costas e pede para que eu segure com toda a força que eu pudesse. Era só o início de uma longa jornada com esse misterioso anjo.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Capitulo cinco: Os dois lados da moeda

Eu estava dividida, por um lado eu queria ficar para esquecer de tudo e me divertir um pouco e pelo outro eu queria sair correndo dali e nunca mais voltar a ver o Miguel. Anoitecendo, o sinal tocou, significava que era para merendar no refeitório e ir dormir, mas eu estava sem fome e resolvi ficar. O Miguel se levanta e diz: - Não vai comer? - Não, estou sem fome. –Tem certeza? - Sim. Ele sai do quarto e vai merendar. Enquanto isso eu termino de guardar minhas roupas. Depois de um tempo ele volta com uma maçã na mão. – Pensa rápido. – ele joga a maçã para mim. – Obrigada. – De nada. As luzes são apagadas e nós dormimos. Amanheceu, eu acordo e não vejo mais ele dormindo. Fiquei assustada, pois pensei que estava atrasada. Abro a porta do banheiro e vejo o Miguel de toalha se barbeando, mas ele não me viu. Ele tem atitudes de um menino de dez anos, mas ás vezes parecia como um homem feito e maduro. Suas expressões do rosto eram perfeitas, seu sorriso era magnífico e ao mesmo tempo tão misterioso, sua barba mal feita e seu cabelo loiro dava a aparência de um menino largado e seus olhos, aqueles lindos olhos dourados, eram simplesmente perfeitos. – Já vou sair. – diz ele. Me assustei, pensei que ele não tinha me visto, mas sem exitar respondo: - Está bem ... Miguel posso te fazer uma pergunta? - Sim, desde que não fale comigo só para me insultar. – Quantos anos você tem? - Dezoito, por quê? - Nada não, só para saber mesmo. – Bem, agora se você me dá licença eu tenho que vestir esse corpinho lindo aqui. – ele bate a porta na minha cara. – E nem tente espiar por baixo da porta. – ele grita. Eu faço uma cara de bravo, mas depois começo a rir. Ele podia fazer o que for, mas eu não conseguia ficar brava com ele, mesmo que eu ficasse chateada no inicio, ele me fazia rir depois. Ele era os dois lados da moeda, era o bem e o mau, ou melhor o mau que me fazia o bem .