Capitulo cinco: Os dois lados da moeda
Eu estava dividida, por um lado eu queria ficar para esquecer de tudo e me divertir um pouco e pelo outro eu queria sair correndo dali e nunca mais voltar a ver o Miguel. Anoitecendo, o sinal tocou, significava que era para merendar no refeitório e ir dormir, mas eu estava sem fome e resolvi ficar. O Miguel se levanta e diz: - Não vai comer? - Não, estou sem fome. –Tem certeza? - Sim. Ele sai do quarto e vai merendar. Enquanto isso eu termino de guardar minhas roupas. Depois de um tempo ele volta com uma maçã na mão. – Pensa rápido. – ele joga a maçã para mim. – Obrigada. – De nada. As luzes são apagadas e nós dormimos. Amanheceu, eu acordo e não vejo mais ele dormindo. Fiquei assustada, pois pensei que estava atrasada. Abro a porta do banheiro e vejo o Miguel de toalha se barbeando, mas ele não me viu. Ele tem atitudes de um menino de dez anos, mas ás vezes parecia como um homem feito e maduro. Suas expressões do rosto eram perfeitas, seu sorriso era magnífico e ao mesmo tempo tão misterioso, sua barba mal feita e seu cabelo loiro dava a aparência de um menino largado e seus olhos, aqueles lindos olhos dourados, eram simplesmente perfeitos. – Já vou sair. – diz ele. Me assustei, pensei que ele não tinha me visto, mas sem exitar respondo: - Está bem ... Miguel posso te fazer uma pergunta? - Sim, desde que não fale comigo só para me insultar. – Quantos anos você tem? - Dezoito, por quê? - Nada não, só para saber mesmo. – Bem, agora se você me dá licença eu tenho que vestir esse corpinho lindo aqui. – ele bate a porta na minha cara. – E nem tente espiar por baixo da porta. – ele grita. Eu faço uma cara de bravo, mas depois começo a rir. Ele podia fazer o que for, mas eu não conseguia ficar brava com ele, mesmo que eu ficasse chateada no inicio, ele me fazia rir depois. Ele era os dois lados da moeda, era o bem e o mau, ou melhor o mau que me fazia o bem .
quarta-feira, 3 de agosto de 2011
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